“...Quando penetro na floresta triste,
Qual pela ogiva gótica o antiste,
Que procura o Senhor,
Como bebem as aves peregrinas
Nas ânforas de orvalho das boninas,
Eu bebo crença e amor!...”
CASTRO ALVES
O trilar ao fundo de secular floresta,
Que o vento banha, quando a noite desce,
Quando a alma voa , e escurece...
O trilar ao fundo de secular floresta,
Traz à mente à hora que esvaece,
Os gritos, murmúrios, passos da mata em festa,
E o breu, e a noite, e a solidão cresce,
E ficas só, nesta única e secular seresta....
Então se envolve do manto escuro- os poemas!
E ausente a luz, vês a própria alma,
E ausente o ruído, ouves a divina palavra!
E vês o Criador que na terra lavra,
Do pincel à mão, da divina Palma,
Construir sonetos de delicados fonemas...
Tocantins,Nov.2007
Nelson ferreira
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