INÉRCIA
Entre muros, projetos e hipóteses
Vou destilando este vinho pobre
Das possibilidades que me rodeia.
Ancorado em pleno mar de inércia
Contemplo a inutilidade da ilha
Em que me tornei.
Lá fora o vento iça velas,
Muda rotas, causa tempestades, bonança
E eu aflito, inseguro, elaboro discursos
Sobre possibilidades e esperança.
Sob meus pés,
Um velho marinheiro,
Sem forças, outrora companheiro da
Liberdade e da aventura.
Do convés,
Contempla,
Silenciosamente,
A Boceta de Pandora.
Edson C. Alencar (gallo)
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