quarta-feira, 30 de novembro de 2011

A POESIA DÁ O AR DE SUA GRAÇA NESTA SEXTA EM ARAGUAINA.

                                                                    FEPEARA          
 Acontece na noite desta sexta-feira, dia 02/12/2011, a partir das 20 horas, no auditório padre Remígio Corazza, no Colégio Santa Cruz, a 12ª edição do Festival Aberto de Poesias de Araguaina. 30 concorrentes estarão se apresentando em duas categorias: Infanto-Juvenil e Adulto, concorrendo nos seguintes itens: Melhor Poesia; Melhor Intérprete; Melhor Poesia Por Aclamação Popular (voto do público presente) e Poesia Destaque do Festival, dentro de suas respectivas categorias. Todos os concorrentes receberão medalhas e certificados e troféus em suas classificações.
           Além de poetas de Araguaina, foram classificados poemas das cidades de Nova Olinda, Palmas, Babaçulândia e Arapoema, descobrindo poetas e intérpretes das mais diversas regiões. O evento constará das interpretações dos poemas e ainda, dança e música ao vivo. Entrada franca.

Evento:

- XII Festival Aberto de Poesias de Araguaína.
Data/Local/Horário:
- Dia 02 de dezembro, Auditório Padre Remigio Corazza – Colégio Santa Cruz, 20 horas.

Apresentações:
- Interpretação de Poesia, Música e Dança.

Apoio:
- Faculdade Católica Dom Orione/Nupex
- Deputado Federal Lázaro Botelho

Promoção:
- Grupo Apocalipse – Coordenação Luiz Aparecido

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Postergância

by Janete Santos


Grandes supermercados são demasiado trabalhosos de se visitar aos finais de semana, principalmente próximo a datas festivas. Trânsito interno congestiona geralmente, muita gente abastada entupindo seus carrinhos GG, sem necessidade de fazer anotação ou trazer lista, preocupação apropriada mais a assalariados, mormente o assalariado “mais baixo na escala de trabalho”, como manifesto no discurso casoyístico de boris jornalista, ao expor assoberbando-se, na clareza de sua turva consciência, a ideologia classista elitista que o impregna, repreendendo os garis que ousaram felicitar sua própria espécie (humana!), em final de ano.

Como sei que assim o é nos estabelecimentos da cidade onde moro, sigo atenciosa pelos corredores para evitar atropelamentos, empurrando pacientemente meu carinho PP. Um neto e a avó caminham entre as prateleiras do supermercado numa parceria tão simétrica quanto à assimetria entre suas gerações. O garoto meigo e vivaz, transporando desejos mirins, orçamenta e avalia junto com a avó as possibilidades: “olha, vó, esse chocolate tá barato, são cinco reais”, informa salivando e com os olhos agitados, comuns a meninos de sua fase. Serena, ela concorda, avaliando afetivamente a embalagem, como se acarinhasse por extensão o desejo do neto: “é mesmo, meu filho, tá mais barato que aquele ovo de páscoa que a gente viu no outro supermercado”. Exalando uma suave ternura nos gestos e na aparência idosa, a afável senhora olha e reolha a apetitosa barra de chocolate, acariciando-a com a palma da mão bem aberta, permitindo-me prever a gostosura sendo lançada na pequena cesta, que o garoto segurava como gentil cavalheiro de sua dama nona.

Dirigi-me à seção de higiene, seguindo após para os enlatados. Na seção de frutas avisto novamente, a certa distância, o casal meticuloso. O menino agora admira uma roliça e brilhante maça verde, a avó o acompanha parceira. Em sua cesta, alguns itens já definidos. Sigo para a seção de biscoitos, depois à de congelados, e reencontro-os, desta vez, na seção de yogurtes. O garoto apenas olha indulgente para a avó e para as bebidas lácteas, desta vez sem nem ao menos tocá-las. Ela o acompanha na atitude. Disperso-me, ainda, pela adega, admirando algumas garrafas de vinhos, perguntando-me por que me são deliciosos aos olhos mas repulsivos ao paladar, se considerados bebidas finas de reis e rainhas história afora, concluindo, então, ser porque não tenho nem nunca terei o tal sangue azul.

Após esse devaneio, sigo ao caixa menos lotado, cruzo os braços para não cansá-los dependurados à toa, pois a demora até chegar minha vez não seria pouca. Novamente, o casal familiar me atrai a atenção, já no caixa ao lado. O menino estende a cesta no balcão e vai cuidadosamente mostrando os itens à balconista para registrá-los. Sem o que fazer, para distrair-me, acompanho a sequência das mercadorias: dois quilos de arroz, um de feijão, dois pacotes de leite de duzentos gramas cada, um quilo de farinha, quatro batatas, três cebolas, um pimentão, meia dúzia de bananas, uma pequena cuba de ovos, mas, ei!, tá faltando algo! Espicho o pescoço, procuro o chocolate, a maçã, e, não os vendo, nem penso mais no yogurte.

A avó contou as notas todas que possuía, chegando a cinqüenta reais, pagou a conta e recebeu o troco, do qual provavelmente ainda pagaria o ônibus de volta pra casa, muita falta o troco faria se ela tivesse sucumbido ao amor de avó, que não recusa um justo mimo ao neto. Mas ela só pôde manifestá-lo através de expressiva ternura a ele dispensada, deixando-o saborear ao menos com os olhos o que a precariedade financeira não permitiria usufruir, afora ter suportado com elegância a dor de espírito que certamente soube camuflar por não poder satisfazer a carência de outras doçuras do menino. E ele, cúmplice, sabia que a ausência, aquela que tanto me incomodou, seriam itens de luxo para uma criança que tinha que aprender já tão cedo a subjugar e a postergar a satisfação de seus desejos mais triviais.

by Janete Santos

ACALANTO DEFINE NOVOS ACADÊMICOS

A Acalanto (Academia de Letras de Araguaina e Norte Tocantinense) definiu terça-feira, 22, os seis novos ocupantes de cadeiras da entidade, que em 21 de abril do próximo ano tomarão posse durante festividades em comemoração ao seu nono aniversário de fundação.

Os novos acadêmicos são: Angelly Bernardo (poeta e romancista) e José Alberto Viana Amorim (contista), de Tocantinópolis; Jorge Palma Fernandes (cronista e contista) e Antônio Ferreira Lima (contista), de Araguaína; Jádson Barros Neves (contista), de Guaraí; e Antônio Brito de Sousa (cordelista e poeta), de Babaçulândia.

Segundo Edson Gallo, presidente da Acalanto, o edital lançado em agosto previa o preenchimento de quatro vagas, mas durante o período de inscrições duas vagas foram abertas por falecimento e decidiu-se logo preenchê-las. “Fizemos isso por dois motivos: primeiro, há um grande intervalo entre as admissões de novos acadêmicos; segundo, onze postulantes se inscreveram, todos com grande mérito”, resumiu.

Escritores de cinco cidades do norte tocantinense enviaram material para apreciação pela comissão de avaliação. A maioria de Araguaína, mas também de Tocantinópolis, Babaçulândia, Guaraí e Aragominas. “Importante salientar que a produção literária cresceu muito em nossa região, pois quase todos os aspirantes – embora isso não fosse pré-requisito – apresentaram trabalhos impressos. Além disso, a produção literária está presente em um número maior de cidades”, comemorou Gallo.

As cadeiras que serão ocupadas pelos novos acadêmicos da Acalanto, são:

02 – Antônio Ferreira Lima (patrono: Padre Antônio Tomás)

04 – José Alberto Viana Amorim (patrono: Manoel de Sousa Lima)

05 – Antônio Brito de Sousa (patrono: Nélson Maranhão)

06 – Jádson Barros Neves (patrono: Machado de Assis)

07 – Angelly Bernardo (patrono: José de Alencar)

10 - Jorge Palma Fernandes da Silva (patronesse: Cora Coralina)

Ascom Acalanto – 23/11/2011

terça-feira, 1 de novembro de 2011

crônica sobre Dia de Finados

Clique na figura e baixe a Crônica do Professor Ângelo Bruno